Ontem, saindo da reunião da PJ, a gente tava com muita fome, então decidimos comer na latinha na av. 3 e é claro descontrair um pouco, conversa gostosa com amigos, essas coisas. Até então tudo bem. Só que tinha um acéfalo lá que pegou seu Gol-geração-3-com-seu-puta-som-destorcido-e-sem-módulo, abriu o porta-malas e começou o batidão Fanque* a todo volume. Como uma pessoa dessas não tem noção que estávamos num lugar aberto e que nem todos eram obrigados a ouvir tais sons “musicais”? É lamentável que educação seja um luxo raro entre os homens (ser humano). Dae isso tudo desencadeou uma série de pensamentos na minha mente, e pra variar comecei a ver os motivos do nosso país ser tão pobre musicalmente. Relembrei o último VMB (09/2005). O que esperar de um país que elege Japinha, Pitty, Scandurra e Champingon como a banda dos sonhos?! Marcelo D2 agora é MPB e CPM e Pitty são os ícones do rock nacional. Autoramas ganha 3 prêmios. Sem contar que as bandas ditas “independentes” estão conquistando o seu espaço. Astronautas, Dead Fish, Ludov, Cachorro Grande...
As menininhas não idolatram mais Felipe Dylon, Wanessa Camargo, KLB. Não! A onda do momento é ser rebelde! Vamos escutar CPM 22, Evanescence, Dibob, Fresno... Mãs, como ninguém é de ferro, nos intervalos sempre tem o forrozinho com os amigos, ou aquela balada trance uhuuu!! (...)Cara, se alguém afirmasse que Tati Quebra Barraco é indie, adorada por uma grande parte dos roqueiros e um dos símbolos da juventude rebelde, intelectual e deslocada, vocês acreditariam?! Pois é, já fizeram isso. Interessante como te possuem sem que você ao menos perceba!
Não, e ainda querem dizer que eu reclamo demais, poxa eu só queria comer meu x-calabresa sem tomate em paz!
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* E Fanque Carioca é totalmente diferente do FUNK que é um estilo musical consagrado por
James Brow, como diria meu amigo Jean, indignado junto comigo.