o céu está cinzento, ele agrada alguns (poucos), entristece muitos. quando os pingos da chuva encostam nas janelas a sinfonia gratuita se estabelece, é tão bonito, poucos percebem, sente-se privilegiada por isso. de repente, os gatos no telhado começam a gritar de amor. ainda há parte de seu corpo que não foi beijado. ainda restam silêncios que precisa ouvir. os jeitos e trejeitos não foram completamente revelados. nem deveriam, assim os mistérios tecem suas teias, esperando que se envolva completamente com eles. e vão se rendendo. se rendendo ao caos, mas o caos parece negá-las, não aceitá-las. então caminham de baixo das nuvens, modelando o ar, se alimentando de músicas, espalhando poesia com o olhar, elas são felizes de baixo do sol. uma nasceu no inverno, a outra cedo demais.
4 comentários:
Uau!
Esse texto me lembra os textos do querido García Marquez, quando fala do olhar das personagens... o olhar que na minha opinião é alegremente triste, uma coisa assim...
=]
(quero mudar o layout do meu blog... mas nem sei como... rs)
vc me emociona. ;*
Muito bom! O céu cinzento também me agrada. E a chuva, muito mais! Adoro me alimentar de música.
Acho que o seu texto tem a ver com: entregar-se. Entregar-se às coisas percebendo ou não, o mundo a nossa volta nos suga e nos pede que se for viver de forma leviana, não viva...
Gostei! =)
;*
se ela é do inverno, o outono deve olha-la com bons olhos! ^^
jaque, e o cinema? em pé ainda? vamos formar uma bela turma na unila... rsrs
gostei do topo! o/
beso
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